sábado, 18 de outubro de 2008

A LEMBRANÇA DAS DATAS

Rompeu a manhã, a névoa desceu
Abraça a cidade agora desperta,
Um melro esvoaça e a cantar alerta
Que um novo dia para nós nasceu.

Balança ao sabor da aragem que passa
A folhagem verde das sebes fronteiras,
Abrem-se janelas, regam-se floreiras
Enquanto o sol espreita p'la cortina baça.

Neste dia triste que a brisa trespassa
Não quero lembrar a data que passa
Que a brisa do tempo jamais ofuscou,

E sobre a paleta caída na mesa
Diluo na tinta a minha tristeza
Para esquecer no belo a triste que sou.

Manuela Figueiredo Sopas

Sem comentários: