segunda-feira, 13 de outubro de 2008

BARCO SEM NORTE

Podes todas amar que não me importo
Fico feliz se encontrares teu rumo
Eu ficarei no cais envolta em fumo
Num navio fantasma sem ter norte.

Beija-as a todas e ama-as de verdade
Já que o amor por mim nunca existiu
Estrela que não brilhou, nem refulgiu
Na tua ânsia de eterna liberdade.

Se tantos me quiseram porquê tu,
Viste meu corpo e alma sempre a nu
Na pureza da flor sem dó colhida

Porquê caminho assim, barco sem norte
Abandonada às marés da sorte
Sem encontrar a «terra prometida»

Manuela Figueiredo Sopas

2002

Sem comentários: