quarta-feira, 8 de outubro de 2008

ENTRE A BRUMA

Era de chumbo o céu no horizonte
E triste o casario ribeirinho,
Do rio a deslizar por entre a ponte
Nem um murmúrio ouvi no meu caminho.

Nem pardais no relvado debicando
Nem gaivotas atentas na marina,
Nem passos saltitantes de menina
E nos bancos... só velhos recordando...

Caminhei... caminhei... olhando em frente
Um cenário criado pela mente,
Pedaços duma vida a terminar,

Tento ligar as peças uma a uma
Mas perdi-as no céu envolto em bruma
Como puzzle difícil de acabar.

Manuela Figueiredo Sopas

10/5/2008

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