Vi-as p'lo chão espanejando
Aqui e além debicando
Para a fome mitigar,
À espera que mão bondosa
Lhe atirasse caridosa
Umas migalhas p`lo ar.
Expostas a todo o tempo
Açoitadas pelo vento
E pela chuva batidas,
Ei-las pelas ruas paradas
Em grupo, quase aninhadas
Perdidas suas guaridas.
Alguns anos se passaram
Desde a data em que moraram
Empoleiradas no ar,
Tinham casas abrigadas
E as moelas saciadas
Pelas gentes do lugar.
Nem crianças balouçando
Nem canteiros perfumando
O meu jardim de outras eras
Nem pares de namorados
Buscam os bancos pedrados
Entre sonhos e quimeras.
Pobres pombas despojadas
Das casinhas nas ramadas
Bem frondosas do jardim,
Onde hoje só para olhar
Há ervas a germinar
E velhos... esperando o fim
Manuela Figueiredo Sopas
29/2/2008
Aqui e além debicando
Para a fome mitigar,
À espera que mão bondosa
Lhe atirasse caridosa
Umas migalhas p`lo ar.
Expostas a todo o tempo
Açoitadas pelo vento
E pela chuva batidas,
Ei-las pelas ruas paradas
Em grupo, quase aninhadas
Perdidas suas guaridas.
Alguns anos se passaram
Desde a data em que moraram
Empoleiradas no ar,
Tinham casas abrigadas
E as moelas saciadas
Pelas gentes do lugar.
Nem crianças balouçando
Nem canteiros perfumando
O meu jardim de outras eras
Nem pares de namorados
Buscam os bancos pedrados
Entre sonhos e quimeras.
Pobres pombas despojadas
Das casinhas nas ramadas
Bem frondosas do jardim,
Onde hoje só para olhar
Há ervas a germinar
E velhos... esperando o fim
Manuela Figueiredo Sopas
29/2/2008
Sem comentários:
Enviar um comentário